Esta é a vida que Deus que agraciou e me agracia diariamnte. Obrigado meu Jesus Cristo pela salvação da minha alma
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
minha capacidade
sou capaz de enfrentar temas de todas as áreas de conhecimento cientifico,
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
NADA SOU
Lembro que nada sou, nada sei e nada saberei se um dia alguém serei se não acontecer aquilo que de momento desejo ser: ex-africano!
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
VIVÍ EM NAMICOPO EM 1999
Lembro que em 1999, viví no bairro de Namicopo, perto da zona verde onde minha mãe estava casada por um senhor chamado Bartolomeu Noventa. Um senhor muito mau que sempre batia na minha mãe por motivos sem fundamentos. Eu lembro da chapata dele que uma vez teria levado dinheiro (500mt = 50 centavos) da mãe dele que vinha visitá-lo. Depois de tantas perguntas sobre quem teria levado e eu calado, recebi porrada e socos após se ter confirmado que o dinheiro estava comigo. Não resisti e fui directo a casa de banho a chorar e fiz necessidades maiores de imediato.
Nesta mesma fase da minha vida, esta era a 2a vez que eu habitava naquela casa. A 1a, eu era tão miudo. Nesta, já estava a estudar. Era a 3a classe.
APRENDÍ A LER
Lembro que aprendi a ler na 2a classe por ajuda de um indivíduo chamado Gito que, na altura, éramos vizinhos em Nacavala, de quase aproximadamente 1 metro de separação entre a casa onde ele vivia com a de onde eu vivia com meu pai. Nesse instante, depois de receber manuais na escola, copiava, em certas páginas, as informações contidas no livro e ia ao seu encontro para lhe perguntar se sabia ler aquilo que eu tinha escrito. Enquanto na verdade ele é que deveria me perguntar se sabia aquilo que eu tinha copiado. Enfim, em jeito de esperteza, acabava me explicando e, por acaso, uma das cópias que eu tinha feito era de Matemática da 2a classe, livro de exercícios.
OS AMIGOS NOS MEUS ESTUDOS
Lembro que a partir da 6a classe tive amigos que muito me ajudaram materialmente assim como mentalmente.
6a e 7a Classe - eram 2. Um Jorge e outro Manque;
8a classe - era 1, chamado Abdul Sumaila;
9a e 10a classe - eram 2: um Cleiton Fernando e outro Hélio Passuleque;
11a e 12a Classe - era 1 chamado Jaque;
Formação de Professor 12a + 1 (Matemática) pela Universidade Pedagógica- era 1 de nome Wilson:
Licenciatura - Infelismente! Neste fiquei com o UnicoAmigo: Deus.
Mestrado - Ainda não sei se terei.
6a e 7a Classe - eram 2. Um Jorge e outro Manque;
8a classe - era 1, chamado Abdul Sumaila;
9a e 10a classe - eram 2: um Cleiton Fernando e outro Hélio Passuleque;
11a e 12a Classe - era 1 chamado Jaque;
Formação de Professor 12a + 1 (Matemática) pela Universidade Pedagógica- era 1 de nome Wilson:
Licenciatura - Infelismente! Neste fiquei com o UnicoAmigo: Deus.
Mestrado - Ainda não sei se terei.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
AS MINHAS MÉMORIAS9
Lembro que a minha vida teve muita influência muçulmana porque meu pai teria se casado numa dessa família. Foi com ela que meu pai morreu e, até a data em que escrevo essas memórias, fiquei vivendo com ela. Chama-se Saha Muahalelane, natural de Matibane, distrito de Mossuril, província de Nampula - Moçambique. Por ela, agradeço à Deus.
AS MINHAS MEMÓRIAS8
Lembro que fui nascido e vivi no seio de conflitos de saúde e familia.
Enquanto criança, tive doença e doenças. Era o Sarampo que me deixou com continentes no corpo, até então notórios. Segundo fontes familiares e outros que, directa ou indirectamente presenciaram o meu passado, esta doença foi uma das que fez com que minha mãe não gostasse de mim. Aí veio o motivo de apego pela minha avó (a mãe do meu pai) que, por ser o primeiro neto e único sobrevivente, dos 3, suportou toda irritabilidade da minha pessoa até a ponto da sua morte. Hoje uns me dizem: "se fosse possível te deitar por causa de sujidade e nojo de sarna no teu corpo, merecias ser atirado na cova mais profunda possivel e ser queimado". Esta descrição permito a aqueles que me interrogam sobre as causas da auto-designação: Godman, terem noção.
assim se foi o meu passado
AS MINHAS MEMÓRIAS7
Lembro que não é e não foi fácil, para mim, chegar até então que tenho 25 anos enquanto casto (sem ter contacto sexual com mulher). Tudo o que qualquer homem faz durante a sua fase de evolução, tentei e chorei por tanto fazer mas nunca deu certo. Desesperos, stress e tudo de ruim mental é o meu quotidiano. É com músicas que sempre gostei, gosto e gostarei, que tem me aliviado nalguns destes momentos críticos da minha psique.
De qualquer das formas, cá estou eu sob controlo DAQUELE QUE DESEJOU DA MINHA EXISTÊNCIA.
De qualquer das formas, cá estou eu sob controlo DAQUELE QUE DESEJOU DA MINHA EXISTÊNCIA.
AS MINHAS MEMÓRIAS6
Lembro que a minha memória não tem registo de algo positivo ou feliz que possa me deixar quando penso no meu passado salvo, o saber que sou o que sou: Godman
ALI (A) ERNESTO (E) MANUEL (M) - (AEM)
Este é eu, Ali Ernesto Manuel convertido em TheGodman por razões da verdade e realidade da vida que passei e passo.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
AS MINHAS MEMÓRIAS5
Lembro que, durante a minha vida estudantil, passei nas seguintes escolas:
de 1a à 2a Classe - na Escola Primária de Tepone (Meconta - Nacavala);
3a Classe - na Escola Primária de Saua-saua (Nampula Cidade);
4a à 5a Classe - na Escola Primária Acordos de Lusaka (Nampula - Distrito - Rapale);
de 6a à 7a Classe - na Escola Primária Completa de Teacane (Nampula - Cidade);
de 8a à 10a Classe - na Escola Secundária de Napipine (Nampula - Cidade);
de 11a à 12a Classe (Grupo C) - na Escola Secundária 12 de Outubro (Nampula -Cidade)
Estas mudanças de escolas deve-se às seguintes razões: mudanças de lugar de trabalho por parte do pai, conflitos no relacionamento por parte da minha mãe (após separação com meu pai) e falta de nível seguinte nas escolas primárias.AS MINHAS MEMÓRIAS4
Lembro que:
comecei a estudar numa escola chamada Escola Primária de Tepone, localizada no mesmo local onde fui nascido. Nesta, estudei até 2a classe, mas não tinha terminado o ano quando quis seguir minha mãe à cidade de Nampula. Isso deveu-se ao facto da situação em que me encontrava vivendo. Iniciei estudar com 8 anos em 1997. Salientar que até no ano em que conclui o ensino geral, nunca reprovei, mesmo com tantas sequelas que passei.
comecei a estudar numa escola chamada Escola Primária de Tepone, localizada no mesmo local onde fui nascido. Nesta, estudei até 2a classe, mas não tinha terminado o ano quando quis seguir minha mãe à cidade de Nampula. Isso deveu-se ao facto da situação em que me encontrava vivendo. Iniciei estudar com 8 anos em 1997. Salientar que até no ano em que conclui o ensino geral, nunca reprovei, mesmo com tantas sequelas que passei.
AS MINHAS MEMÓRIAS3
Lembro que:
a minha vida foi requentada de mágoas em todos os níveis. Não foi por acaso que, dentro de mim, surgiu a auto-designação: o homem guiado pelo Criador(The_Godman)
a minha vida foi requentada de mágoas em todos os níveis. Não foi por acaso que, dentro de mim, surgiu a auto-designação: o homem guiado pelo Criador(The_Godman)
AS MINHAS MEMÓRIAS2
Lembro que o distrito por onde fui nascido, Meconta, localiza-se na provincia de Nampula, Moçambique, África, planeta terra. Neste, vivi durante 6 anos e fui levado para a cidade de Nampula onde vivi com minha avó. Ela era uma das pessoas com quem tanto desejava viver. Era o momento em que meu pai tinha uma outra esposa: ai de mim, por essa fase.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
AS MINHAS MEMÓRIAS1
AS MINHAS MEMÓRIAS
Lembro que, segundo as informações do meu pai, fui nascido no dia 15 de Janeiro de 1989, na localidade de Nacavala, distrito de Meconta. Meu pai chama-se Ernesto Manuel e minha mãe, Angelina Xavier. De momento, ele já faleceu
Lembro que, segundo as informações do meu pai, fui nascido no dia 15 de Janeiro de 1989, na localidade de Nacavala, distrito de Meconta. Meu pai chama-se Ernesto Manuel e minha mãe, Angelina Xavier. De momento, ele já faleceu
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
ARTE MACONDE
Ali Ernesto Manuel
ARTE MACONDE
Universidade Pedagógica
Nampula
2014
|
Ali Ernesto Manuel
ARTE MACONDE
Trabalho de carácter avaliativo da
cadeira de HAA, a ser apresesentado no curso de Licenciatura em Educação
Visual com minor em Desenho de Construção,
4º Ano.
|
Docente:
Universidade Pedagógica
Nampula
2014
Índice
Introdução
Uma das fortes tradições em Moçambique é trabalhar a madeira
de pau-preto, nomeadamente através da famosa ARTE MACKONDE (o tema
deste trabalho), tipicamente desenvolvida no Norte do país, principalmente em
Mueda, o seu berço. Com objectivo de conhecer a arte mackonde, partindo dos
conceitos de arte, caracterização do povo makonde e descrição da arte em si mas
com destaque maior da escultura, este foca mais os aditivos globais da arte maconde,
uma das que simboliza Moçambique no além. Pela crise de informações oficiais,
baseou-se, para a elaboração deste trabalho, em diferentes fontes como manuais
de ensino (Educação Visual, em particular) de Moçambique, internet, textos de
apoio e fontes orais (com pessoas naturais de Cabo Delgado que residem e
estudam aqui em Nampula).
1 - ARTE MACKONDE
Antes de entrar em detalhes sobre arte mackonde, urge necessário
definir o termo “arte” e conhecer o povo
“mackonde”.
1.2 – Conceito de Arte
É polémico o conceito sobre arte. Quer dizer, não existe uma
definição plasmática sobre arte. No entanto, existem vários pontos de foco de
certos analistas sobre o assunto. Segundo o manual de Educação Visual, 8ª
classe, de Helena Veloso, página 8, qualquer definição de arte que se possa
encontrar ou mesmo formular será com certeza polémica ou, no mínimo incompleta.
A autora continua: “Maurice Barrett, no
seu livro Educação em Arte, escreve: ’A arte é a utilização dos meios para
organizar em formas visuais as nossas experiências subjectivas’’’
É no livro de Rangel Manjate que encontra-se o seguinte
conceito: “…arte é a expressão do homem através
de diferentes manifestações que representam ou interpretam um determinado
fenómeno ou situações reais, ou imaginários, que incidem na sensibilidade
humana”.
Uma fonte anónima não moçambicana
define arte desta forma: “…art consists
of paintings, sculpture, and other pictures or objects which are created for
people to look at and admire or think deeply about. Or Art is the activity or
educational subject that consists of creating paintings, sculptures, and other
pictures or objects for people to look at and admire or think deeply about…”.
O
mesmo que dizer “…uma arte consiste em
pinturas, escultura e outros retractos ou objectos que são criados para que os
povos olhem e admirem profundamente aproximando naquilo que pensam. Ou a arte é
a actividade ou o assunto educacional que consiste criar pinturas, esculturas e
outros retractos ou objectos para que os povos olhem e admirem profundamente no
que pensam …”
Tomando em conta estas diferentes concepções sobre arte,
pode dizer que arte é tudo aquilo que cada pessoa considera de arte.
1.2 – Mackonde
Maconde ou Makonde ou ainda, Mackonde, é um povo étnico do Sudeste de África,
oriundo do povo dos Bantus que viveu no sul do lago de Niassa. Actualmente, os
Macondes estão estabelecidos no planalto de Mueda, província de Cabo Delgado, a
norte de Moçambique (perto de 400 000 Macondes) e, também, no sul da Tanzânia
(cerca de 900 000 Macondes). E, por essa razão, ficou designado por planalto
Makonde [VELOSO, Educação Visual, 8ª Classe].
Uma outra fonte (http://wiks.com/tudosobremoz/htm) diz que: “os macondes são um grupo étnico bantu que
vive no sudeste da Tanzânia e no nordeste de Moçambique, principalmente no
planalto de Mueda, tendo uma pequena presença no Quénia. A população maconde na
Tanzânia foi estimada em 2001 em cerca de 1 140 000 habitantes e no censo de
1997 em Moçambique, em 233 258, dando um total de 1 373 358 macondes. Os
macondes resistiram sempre a serem conquistados por outros povos africanos, por
árabes e por traficantes de escravos. Não foram subjugados pelo poder colonial
até aos anos 20 do século XX. São exímios escultores em pau-preto, sendo a sua
arte conhecida mundialmente.”
“…Segundo uma lenda do povo maconde, um homem, que vivia sozinho no mato, esculpiu, a partir de um cepo de uma árvore, uma mulher de quem teve três filhos. Os dois primeiros morreram à nascença e o terceiro, que nascera num planalto, sobreviveu. Por este motivo, os primitivos Macondes escolheram os planaltos para viverem. Esta etnia manteve-se aí isolada até ao início do século XX, altura em que os Portugueses conseguiram transpor as florestas densas e as zonas íngremes que protegiam aquele povo. Em consequência deste contacto tardio com outras culturas, os seus costumes conservaram uma forte tradição e coesão. As actividades principais dos Macondes são a agricultura e a escultura. É por esta arte que são mundialmente conhecidos, sobretudo pelas suas máscaras e esculturas em madeira, reveladoras da estética e da cultura deste povo” – rematou a fonte acima citada.
Portanto, duma ou doutra maneira, fala-se maconde/makonde/mackonde
referindo do povo que vive nos algures do rio Rovuma mais com grande
percentagem no lado de Tanzânia. A tatuagem é uma das características físicas mais comuns
deste povo como se pode ver as imagens retiradas do livro:
A. B.
Maconde homem (A) e mulher (B) com tatuagem na cara (foto retirada
do livro por telefone)
Essas tatuagens no rosto são uma marca dos Makonde. Como se pode ver na
foto seguinte, elas são feitas de uma forma um tanto quanto tradicional, e
é exactamente isso que faz dessas tatuagens verdadeiras obras de
arte. Diferentemente com Mussiro, é muito comum encontrar homens makonde
com tatuagens no rosto.
Homem sendo tatuado (foto da internet)
1.3 – Arte Mackonde (conceito)
Arte makonde é aquela praticada pelo povo makonde. Este povo
desde sempre mostrou aptidões excepcionais para a arte, sobre tudo para a
escultura. Trabalham a madeira com uma sensibilidade fora do comum. Utilizam
basicamente o pau-preto, no entanto, devido a preocupações ambientais que estão
relacionadas com risco de extinção desta espécie, passaram a utilizar outras
espécies extraídas das densas matas existentes no planalto.
1.3.1 – Breve observação histórica da Arte Makonde
De princípio e de forma
tradicional, os Makonde esculpiam objectos domésticos e máscaras. Após a
década de 1930, os colonos portugueses e outros missionários chegaram ao
planalto Makonde. Eles, imediatamente mostraram grande interesse e fascínio
pelas esculturas em madeira dos Makonde e começaram a encomendar peças
diferentes, de religiosos até políticos importantes. Depois de perceber esse
interesse, eles decidiram esculpir novas peças usando pau-preto e pau-rosa. Este
primeiro contacto com a cultura ocidental pode ser considerado como a
introdução do estilo clássico europeu ao estilo tradicional Makonde.
A arte em si, constitui uma
das mais ricas e expressivas manifestações do património cultural de Moçambique
e é considerada uma das mais importantes em toda África.
1.3.2 – Características gerais da arte maconde
Ø
A figura humana é motivo principal;
Ø
Reproduzem com uma singular
percepção das formas e das proporções;
Ø
Os traços fisionómicos são
trabalhados com sensibilidade e ao pormenor, de modo a transmitir muitas das
emoções que o artista presente motiva;
Ø
A figura da mulher é tratada com
especial atenção, seja quando é esculpida sozinha, madona e se o for juntamente
com uma figura masculina, a segunda aparece sempre em dimensão menor;
Ø
As ferramentas usadas pelos
artistas são preparadas e muitas vezes fabricadas por eles próprios;
Ø
A mensagem que os artesãos passam
é sempre da vida diária, dos trabalhos e da cultura, sendo que alguns novos
artistas estão já a inovar;
Ø
No fabrico, os artistas utilizam
vários tipos de formões e goivas, enxó e constroem uma espécie de torno
mecânico artesanal de madeira que accionam manualmente através de cordas de
sisal.
O reflexo
dessas características, pode-se ver nas imagens que se seguem:
Fotos extraídas da internet
1.3.3 – Variantes da arte maconde
A arte maconde pode-se notar
na escultura, cerâmica, dança (Mapico), gravura (xilogravura), a partir das
tatuagens e nas máscaras.
1.3.3.1 – Escultura maconde
É uma arte em que a madeira
é a base na representação de animais, seres humanos, normalmente em actividades
diárias na sociedade. Esta é a razão da fama da arte maconde. Em muitas das
suas criações, embora procurando partir da configuração de tronco de árvores,
compõe outras formas fazendo a combinação de cores da parte interna e externa
do tronco escolhido.
1.3.3.1.1 – Estilos da escultura maconde
Na escultura maconde existem
estilos mais usados a saber: Shetani, Ujaama, Mawingu (este estilo, das fontes
pesquisadas, encontra-se só no livro de Helena Veloso), figurativo (na fonte
virtual usada, este é o 3º estilo alistado).
”SHETANI”
Que significa “demónio”, são
esculturas de figuras humanóides ou animais muito estilizadas; representação do
mundo misterioso dos espíritos, dos ritos e das tradições, os mandegas,
criaturas meio humanas meio animalescas. Cada uma destas criaturas, de
aparência deformada, abstracta e por vezes medonha, serve determinada função e
tem o seu próprio poder no seio da cultura makonde. Geralmente, essas
esculturas são madeiras perfuradas como se fossem desenhos feitos em forma de
linha em pau-preto.
Escultura Shetani
“UJAAMA”
Que significa família ou
união, são formadas por uma quantidade de pessoas, seus instrumentos de
trabalho e, por vezes animais domésticos, artisticamente unidos; normalmente,
são aspectos sociopolíticos, famílias, chefes e representantes do povo, o
quotidiano em geral; com um rigor técnico, a escultura representa uma anatomia
que respeita as formas naturais para representar os seres humanos, assim como
animais. Na sua generalidade, são de forma compacta.
Escultura Ujaama
“Mawingu”, segundo Helena
Veloso (a única fonte da pesquisa a mencionar este estilo), este estilo é de
concepção moderna e é inspirado na forma das nuvens. (a autora não apresenta imagem
ilustrativa).
Figurativo, incluindo imagens humanas ou de animais ou ainda, por influência da
colonização, de imagens religiosas, como crucifixos e imagens de Cristo ou de Nossa
Senhora (fonte virtual).
Escultura
figurativa
Uma outra fonte virtual,
releva a lista de alguns escultores tais como: Rafael Nkatunga, um dos jovens
artistas que está a enveredar por um estilo mais contemporâneo importante a destacar,
Bartolomeu Ambelicola, Celestino Tomás, Cosme Tangawisi, Gabriel Angalinde, ,
Constantino Mpakula, Cristovão Alfonso, Jorge Makope, Karrume Gulamu, Sinuame
Eduardo, Lamizosi Madanguo, Miguel Valingue, Nkalewa Bwaluka, Nkabala
Ambelicola e Kauda Simão.[sapo.mz:17/06/14, 10:04h]
1.3.3.2 – Cerâmica
A cerâmica tem também alguma
expressão na arte makonde. As mulheres fabricam vários utensílios de barro de
carácter utilitário e que serve para armazenar água ou produtos agrícolas. Foi
desde costume artesanal das mulheres makondes que surgiu e se revelou como
grande artista a Reinata Sadinha.
1.3.3.2 – Xilogravura
No início dos anos 80 do seculo
XX, alguns escultores makonde do distrito de Mueda, participaram e continuaram
um projecto de xilogravura. Usaram madeira de ntunbi para executar as matrizes
e através da experimentação e da prática conseguiram aperfeiçoar a técnica.
Usaram como tema das suas obras, a vida quotidiana e vários contos e fábulas
moçambicanas.
1.3.3.3 – Máscaras
Muitas vezes associada a
dança (Mapico) ritual, a máscara é um símbolo de cultura, alegria e, sobretudo,
símbolo de um povo e da sua riqueza sociocultural. As mascaras influenciaram a
perfeição escultórica dos Makonde devido a sua maior frequência de produção.
A chamada máscara mapico, é
feita com madeira leve da sumaumeira e é utilizada pelos dançarinos que
participam na dança ritual com o mesmo nome: mapiko. É uma máscara
exclusivamente antropomórfica (representação da figura humana), no entanto,
hoje é frequente aparecerem máscaras representando a figura de animais. Desde
sempre a máscara teve uma função social, ora de exaltação, ora de crítica.
Antigamente representavam
vários tipos de grupos diferentes, Yao, Lomué, Macuas, com quem se confrontavam
com frequência. Após a independência, a máscara serviu para exaltar figuras
importantes da sociedade. Todas as alterações conforme os tempos que se foram
atravessando, originaram forçosamente modificações plásticas e formais. Assim,
sobre o ponto de vista estético, a máscara mapico, que era definida e
construída tendo como base conceitos culturais desenvolvidos ao longo de
gerações, hoje transfigurou-se, chegando por vezes a não passar de uma peça carnavalesca.
As máscaras são atribuídas
nomes e tem significado. Por exemplo, a “nijála”, é uma máscara que representa
a figura ridícula de um homem com grande nariz e enormes orelhas. As peças
genuínas que se executam revelam grande originalidade e criatividade. Muitas
são policromadas de acordo dom a indumentária que é usada em conjunto com
máscara, geralmente de cores vivas, com as quais o dançarino cobre o corpo.
Máscaras makonde
1.3.3.4 – Mapico/Mapiko (dança)
Das artes cénicas,
encontra-se, nos makonde, a dança que se chama Mapiko. A mais conhecida e
divulgada ao nível da província de Cabo Delgado, a sua difusão ultrapassa os
limites de Moçambique.
Esta tradicional dança, é
praticada nos ritos de iniciação e cumpri a função fúnebre em caso de morte de
um membro do grupo ou da comunidade. Pratica-se também em algumas cerimónias de
investidura de chefes de clã ou linhagem familiar chamados “yahumu”.
O elemento principal do
mapiko é o lipiko, dançarino central que fica envolto em panos e mascarado. As
máscaras que representam animais (coelho, leão, cão, leopardo, hiena), figura
humana para simbolizar o espírito de um defunto a ser invocado para além de
poderem caricaturar personagens conhecidas da comunidade, incluindo dirigentes
ou antigos colonos ou militares. Dentro desta dança, existem vários tipos de
mapico de acordo com a execução artística tais como: nyama-ninyama, acinemba, makomba ou mangoti,
maswalawesa, nijale, liteilei, ashilo
Conclusão
A arte maconde resume-se no
uso fascinante do pau-preto e notabiliza-se mais na escultura. É nesta
escultura onde se verifica vários estilos que recorrem às figuras humanóides ou
de animais estilizados, a Shetani, a Ujamaa e o dito moderno estilo que se
chama Mawingu. Os makondes são também reconhecidos pela sua dança mapiko para
além da fusão com a cerâmica, gravura, máscaras e as tatuagens que é a
identidade imediata deste povo. Artistas mackondes estão surgindo com vista a
manter viva esta que constitui uma das artes que carrega Moçambique no além-fronteiras.
Bibliografia
VELOSO,
Helena; ALMEIDA, Luís de; Educação Visual, 8ª classe – livro do aluno,
Plural editores. Maputo
MANJATE,
Rangel; MUTHEWUYE, Marcos; AUGUSTO, Pedro; EV11 – Educação Visual,
11ª Classe, Texto Editores, 1ª Edição; Maputo.
Fontes virtuais:
Visitadas no dia 17/06/2014 pelas 14:00h a
partir de linksys da UP-N
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Ébola
Nos últimos anos, África é o centro de descontentamento para o resto do mundo. Um caso ilustrativo é a doença Ébola. Como surgiu? Só em África? Porquê? Estas säo questões que os africanos precisam "abrir olhos '' para reflectir.
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