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Necessidades Educativas Especiais dos Alunos com Deficiências Visuais



Necessidades Educativas Especiais dos Alunos com Deficiências Visuais

As Necessidades Educativas Especiais Visuais – Refere-se a uma situação irreversível em resposta de Deficiência Visual (DV), Perda ou redução de capacidade visual em ambos os olhos com carácter definitivo.

Sabe-se que, no nascimento, o cérebro é o órgão mais imaturo de todos. Continua seu crescimento e desenvolvimento durante os primeiros anos de vida. Nas crianças com desenvolvimento normal seu tamanho se duplica no primeiro ano de vida.

Grande parte do cérebro é destinada, desde o nascimento, ao processamento visual, talvez, devido à visão, ser o primeiro canal sensorial que a criança emprega intencionalmente para acessar informações do mundo que a cerca. A Aprendizagem Visual (AV) depende não apenas do olho, mas também da capacidade do cérebro de realizar a funções, portanto, a capacidade de funcionamento Visual da criança depende fundamentalmente do seu desenvolvimento.
Suas experiências Visuais primárias possuem um papel fundamental, de forma particular, independente de qual possa ser a qualidade desta visão. Quanto mais a criança olha, especialmente em pequena distância, mais ela estimula os canais perceptivos para o cérebro. Conforme o cérebro recebe mais e mais informações, há uma eventual acumulação de variedades de imagens Visuais.


O Processo de Aprendizagem Visual

A visão é um fenómeno hermético e que inclui quatro etapas bem distintas:
Ø  Percepção;
Ø  Transformação;
Ø  Transmissão; e
Ø  Interpretação.



Deficiências Visuais

Ø  Cegos e os de Visão Subnormal 
Ø  Visão Subnormal – perda parcial de visão baixa “baixa visão”.
Ø  Tipos de deficiências Visuais
Ø  Cegueira
Ø  Visão Parcial: limitação de visão a distância;
Ø  Visão reduzida: que pode ser corrigida pela cirurgia ou uso de lentes.

Causas

Ø  Cegueira e outras: Doenças infecciosas;
Ø  Conjuntivites;
Ø  Acidentes;
Ø  Tumores;
Ø  Doenças hereditárias ou pós parto “pré natal”;
Ø  Congénitas;
Ø  Formação ocular.


Causas Adquiridas

Ø  Cataratas;
Ø  Hipertensão arterial;
Ø  Diabetes;
Ø  Meningites.

Características, dos alunos com NEE Visuais

Ø  Desvio de um dos olhos;
Ø  Não possui um segmento Visual dos objectos e pessoas;
Ø  Baixo aproveitamento no processo de ensino e aprendizagem.
Sinais de Alerta

As crianças com NEE, Visuais elas apresentam uma característica de alerta, como:
Ø  Olhos vermelhos;
Ø  Olhos lacrimejantes;
Ø  Pus nas pestanas.

Prevenções

Ø  Esfregar os olhos com frequência com líquidos recomendados;
Ø  Fixar e tapar os olhos ou um dos olhos;
Ø  Facilitar a cabeça ou estende-los para frente. 

Consequências das NEE, Visuais

Ø  Percepção turva;
Ø  Contrastes dificilmente perceptíveis;
Ø  Distancias mal apreciadas;
Ø  Mal percepção do relevo;
Ø  Não atenuação das cores “Daltónicos”.  

Patologias que Influenciam a Visão

Ø  Atrofia de nervo óptico;
Ø  Alta miopia “defeito de refracção elevada”.

Cataratas Congénitas: Perda de cristalina que acaba influência da visão “ a visão reduz”.

Degeneração Macular: Refere-a se a zona central da retina “constitui uma causa da idade”.

Glaucoma: Patologia dos olhos “Produção interocular é a redução da aquosidade ou aumento da aquosidade do olho”.


Educação ao Deficiente Visual “Princípios”

Ø  Individualização;
Ø  Caracterização
Ø  Ensino uniformizado;
Ø  Estimulo dos sentidos visuais e tácteis.

Intervenção na Sala de Aulas

Ø  Estimular ou proporcionar a oralidade;
Ø  Aumentar a luminosidade;
Ø  Organizar os materiais a serem usados.

Avaliação
Ø  Ter em conta a idade do inicio da deficiência Visual;
Ø  Causa da deficiência Visual.
               
Auxilio aos Alunos Deficientes Visuais
Ø  Processos ópticos ou electrónicos;
Ø  A terceira pessoa “aquela que auxilia a criança no seu dia-a-dia”.

Particularidades do Atendimento aos Alunos com NEE, Visuais na Escola Especial na Escola Inclusiva

Segundo Piaget (1986: 139), grande parte do desenvolvimento humano ocorre nos primeiros anos de vida através da coordenação das acções Sensório - Motoras. É preciso que toda criança, principalmente durante o período de evolução visual, seja estimulada de forma a desenvolver todas as suas capacidades e habilidades funcionais.

Além destes cuidados, devemos também levar em conta todas as áreas de desenvolvimento infantil. O factor Emocional e SócioEmocional.
 Tem destaque durante este Processo de Aprendizagem, pois, os conflitos podem inibir a memória e o stress prolongado pode quebrar os caminhos neurológicos até mesmo em algumas partes do cérebro.


O Professor que trabalha com crianças com necessidades educativas especiais visuais no período preparatório deve estar atento para o fato de que a construção do sistema sensório-perceptivo e de representação simbólica da criança com baixa visão se organiza por um caminho diferente daquele da criança vidente. Sua interacção activa e significante com o mundo concreto é representada por diferentes construções: manipulação, exploração e discriminação referentes às características, função, conceito ou representação, noção de causalidade e permanência de objectos. Por isso suas produções simbólicas e figurativas são incomparáveis.


O Professor é o elemento - chave na Escola, no sentido de ser coadjuvante na tarefa de traçar os rumos da educação e do desempenho dos alunos que a frequentam. Isto porque a contemporaneidade exige que ele tenha consciência de que lida com individualidades, com seres diferentes e originais, que têm múltiplas possibilidades. Nessa perspectiva, os alunos de uma classe não podem ser considerados como uma massa amorfa, sem identidade, sem nome.

Ele é a figura central no Processo de Aprendizagem (PA), pois além de perceber em sua Classe as crianças com deficiência, de condutas típicas ou de altas habilidades tem que estar capacitado, se não a lidar com elas, a encaminhá-las para que recebam atendimento adequado e tenham garantida a oportunidade de atingir e manter um nível satisfatório de aprendizagem. Esse professor deve estar aberto a desafios: saber, de uma forma especial, dar atenção a esses alunos; oferecer um currículo mais variado; programar trabalhos que atendam a singularidade de cada criança; ser criativo; ter habilidades diferenciadas; saber usar o bom senso, entre outros.

Assim, uma criança com baixa visão, necessita de uma Aprendizagem sistemática, dada por um Professor especializado e precisa ser ensinada a usar os seus resíduos Visuais para promover uma Aprendizagem regular e intensiva e poder usar eficientemente as suas ajudas ópticas.

A Deficiência Visual Cortical (DVC), É considerada uma alteração no cérebro, envolvendo a Córtex Visual em decorrência de acentuada prematuridade, ou situações críticas de sobrevivência, por isso, essas crianças apresentam, com frequência, múltiplas deficiências e, até há bem pouco tempo, eram consideradas cegas.


A acomodação foi concebida como o processo de formação de imagem clara na retina, a acomodação interferiria na resolução visual para actividades de perto; uma disfunção acomodativa, resultaria em imagem nebulosa, stress físico, mental, fadiga e irritação.

A capacidade de ver e interpretar as imagens Visuais depende fundamentalmente da função cerebral de:
Ø  Receber;
Ø  Codificar;
Ø  Seleccionar;
Ø  Armazenar e associar essas imagens a outras experiências anteriores.


Definição e Termos Bases da Deficiência Visual

Percepção Visual: Capacidade de interpretar o que é visto (desde a percepção da luz acesa da lanterna);

Eficiência Visual: Domínio do mecanismo ótico – envolve velocidade e capacidade de filtração. Tal habilidade é dependente do uso máximo de visão residual.

Fixação: Refere-se ao ato de foçar os olhos sobre um objecto ou estímulo Visual sobre o papel;

Oclusão Visual: Capacidade de perceber uma figura completa quando somente uma porção é visível;

Símbolos: Termo usado para se referir a letras e palavras que apareçam isoladamente (ou com outras), e, que podem ou não, estar associadas com objectos concretos ou gravuras;

Campo Visual: Toda a área do espaço físico visível quando o corpo, a cabeça e os olhos estão imóveis, frente ao estímulo observado;

Funcionamento Visual: Significa interpretar e compreender significativamente o que se vê;

Atenção Visual: Olhar prolongadamente objectos ou figuras. As crianças com deficiência corticais apresentam maior dificuldade para aquisição desta habilidade;

Contraste: A diferença relativa entre o claro e escuro nas coisas (objectos) observadas;

Visão Periférica: Percepção de objectos, movimento, ou cor, fora da linha central da visão;

Informação Visual: Conhecimento do ambiente e das coisas adquirido através do sentido Visual;

Sistema Visual: Todas as partes componentes do olho, nervo óptico, cérebro e associação de estágios que influenciam olhar e ver.

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